Pseudo-gaia
Existem várias maneiras de virar o mundo de alguém de ponta cabeça, ter um filho pode estar no topo da lista de muitas pessoas.
Nunca foi o meu caso.
Sou uma feminista vadia, odiadora de homens, apoiadora de assistência médica em abortos (cof cof itonia cof cof)… e eu sempre quis ser mãe.
Então a minha única reação possível seriam sorrisos durante nove meses.
Vou te dizer uma coisa amiga, minha gravidez foi tranquila.
Pouquíssimos enjoos, nenhuma dor, ótima assistência pré-natal, peso saudável, paparicos incontáveis.
Vou te dizer outra coisa minha amiga, ter um filho é maravilhoso, porém, estar grávida foi um saco.
Merda de hormônios!
Tudo o que fiz foi chorar.
E escondida, porque longe de mim permitir que as pessoas testemunhassem o meu “drama”.
Me irritei com tudo e todos, inclusive com o fato do boy não passar o dia inteiro comigo (Por que ele não ficava? Estava trabalhando, e isso me irritava).
Nunca dei importância para o fato de estar à cima do meu “peso ideal”.
Até engravidar.
“Eu vou ficar enorme pra sempre” buaaaa…
Já disse merda de hormônios? Porque eles são uns merdinhas, caso eu não tenha dito.
Meu pequeno nasceu saudável, forte, lindo e super calmo.
Nunca fez papai e mamãe passarem a noite acordados, mama no peito a vontade, dorme quando quiser.
Não falta nada pra ele, não falta nada pra gente.
Nós amamos o nosso nego.
E tudo o que eu queria agora era ficar sozinha, chorando.
Droga, aqueles merdinhas estão escrevendo por mim.
Nota da autora: Esse desabafo foi escrito 20 dias após o meu bebê ter nascido. Hoje, dia da postagem de retorno do blog, ele se encontra com 2 meses e meio. Continua lindo, forte, calmo e eu, a mãe, um pouco mais acostumada com a nova vida. (e feliz para um cassete)
Alessandra Lamunier
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